curious about: BAZAR DO ALEXANDRE HERCHCOVITCH
No último final de semana (ok, os posts estão bem atrasados...) fui no Bazar do Alexandre Herchcovitch. Curiosa que sou, sempre ficava sabendo quando surgia um bazar desses, mas nunca ia. Dessa vez, como tinha sido convidada e teria companhia, me joguei.
Confesso que me diverti horrores, mais do que fiz compras...
Tudo foi montado numa espécie de galpão. Tinha medo que o clima geral fosse de liquidação, então achei ótimo as pessoas não se engalfinharem por uma peça. Finas! Em compensação, a disputa por um provador, era acirrada. Mas como ninguém estava lá pra se estressar, não houve brigas. O povo ia se adequando: mudava de roupa na frente de todo mundo quando dava, vestia por cima da roupa, dividia provador com pessoas do mesmo grupo e fazia um revezamento básico com desconhecidos quando era inevitável.
Os preços eram bem bons, de uma maneira geral. Quanto às peças, todas de coleções passadas do estilista, achei que ele criou coisas mais interessantes e bonitas para homens do que para mulheres. Mesmo assim, acabei provando algumas coisinhas: camisetinhas básicas com estampa do piu piu (descartadas porque eram básicas demais), blusinhas com caveiras (tinham listras horizontais - que adoro - mas me faziam parecer um ser ainda mais em miniatura!), duas calças brancas (estilosas mas transparentes e claro que a mais linda de todas ficou pequena... rs), uns vestidinhos (que ficaram ordinários!), dois shortinhos que ficaram ótimos (mas não tive coragem porque eram muito curtos e em Curitiba não tem verão pra isso), entre outras coisas que não me lembro agora. Fiquei só com uma blusinha.
a minha aquisição
Mas o melhor de tudo não é isso. Como sou um ser modelo "básico - normal" a maior parte do tempo, me divirto horrores quando encontro esse povo estiloso. É indescritível o prazer em ficar observando e acompanhando as escolhas alheias, principalmente quando elas envolvem uma calça saruel, blusinhas sobrepostas e um sapato meio sandália, além de dreads... O mais incrível é perceber que para algumas pessoas misturas assim funcionam muito bem, a ponto de virar uma forma de expressão.
A tal da calça saruel. Foto do Blog Curitiba Street Fashion.
No final das contas, acho que esse tipo de programa vicia mais do que compras no shopping. Em determinado momento, após experimentar dois vestidos que ficavam lindos nas araras mas em mim pareceram, respectivamente, uma capinha de liquidificador super estruturada e um saco de batatas com estampa pastel e franzido do lado; resolvi aceitar uma sugestão e ver como eu ficava num roxinho nada básico. Contando com uma ajuda inestimável pra tentar entrar no dito cujo, com o provador semi aberto (por sorte nem era o que ficava na frente do espelho) e feliz da vida por estar usando lingerie combinando, eu pensava:
"Ale (nestas horas, depois de tanto experimentar as criações do cara, você já está se achando íntima!) Ale, meu caro, onde afinal está o decote da sua obra?"
Quando finalmente consegui entrar no vestido, ouço:
"Lindo! Está certo que ficou um pouco grande em cima, mas na cintura está ótimo! Parece até que você saiu de um filme do Tim Burton."
Antes mesmo de conseguir decidir se a parte do Tim Burton era um elogio, concordando que minha cintura relmente nunca parecera tão bonita dentro de uma roupa e imaginando desesperada qual sapato teria que comprar para combinar com aquilo, aparece uma outra amiga com aquela cara inconfundível de estado de choque (que só mulheres em compras e em grupo são capazes de entender e usar), que diz:
"Hum... está um pouco grande em cima né? Você não acha que é muito retrô?" (subtexto visível na expressão facial: "Meu Deus! Como você teve coragem de entrar nesta cortina roxa acinturadinha?")
Só pude pensar: "E eu no meio disso tudo... é uma loucura!"
Quando um dos dois disse (já não sei mais quem): "Acho que esse vestido é uma das peças mais caras..." Meu dilema foi imediatamente resolvido, desisti da compra e ainda acrescentei minha desculpa favorita em situações parecidas: "Tenho braços curtos, já viu... fica grande na parte de cima"!
Sai da loja com minha blusinha, feliz da vida por ter braços curtos, cintura fina e merecer um decote mais amigo...
Agora, vai me dizer que você consegue passar por isso numa Renner da vida?
huahuahuahuahua
foi uma tarde ótima: excelentes companias, boas aquisições e muitas risadas. e de quebra ainda fomos comer browne no sub's. tive até pique para acompanhar líli à renner... bem, adoro tim burton, acho que era uma questão de ajuste...
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