Veneza: um amor à primeira vista e um roteiro de 2 dias



Dia 01 - A chegada

  • Saímos de manhã de Florença de trem para uma viagem que durou um pouco mais de duas horas. A última parada antes de Veneza é Mestre, onde muitos optam por ficar hospedados. Meu coração disparou ali quando li a plaquinha identificando a estação. Foi demais chegar em Veneza! Saindo de Mestre a viagem de trem continua atravessando o mar. É um espetáculo a parte! Ali já na saída da Estação de Veneza (Santa Lucia) tem um ponto de informações turísticas e um ponto do vaporeto. Nos informamos mas seguimos a pé até o hostel (indico muito o Ostello Santa Fosca! Limpo, bem localizado, econômico em relação ao padrão Veneza. Único inconveniente: fecha perto da meia noite e ninguém entra ou sai!), nos perdendo muito ao escolhermos dar bola pro GPS e não seguir passo a passo as orientações do próprio hostel. Apesar de termos reservado camas em dormitórios, acabamos comum quarto privado não sei porque. Pode parecer contraditório falar que algum lugar é bem localizado mas que nos perdemos para encontrá-lo, mas assim como em Roma - embora por motivos diferentes, em Veneza você irá se perder muito. O que não é tão grave, visto que a cidade é linda! (Exceto quando você estiver carregando malas pesadas ou de rodinhas: tem escada para tudo que é lado!)


  • Devidamente instaladas, hora de partir para a rua... e canais! Fomos andando pelo que seria a rua principal de Veneza, sem contar o Grande Canal (esse sim a principal via de circulação). Eu parava a cada vitrine, o que não é meu "normal", achando tudo muito lindo. A cidade estava bem movimentada mas não insuportável. Fomos caminhando e curtindo e seguindo as várias plaquinhas que indicam caminhos truncados para a ponte Rialto (primeira grande parada turística) e a praça de San Marco. Só posso dizer que cada passo aumentava minha paixão pela cidade.



  • Dá para chegar perfeitamente à pé na praça principal da cidade se embrenhando pelas ruas e canais, mas aconselho também que se pegue o vaporeto. E eu recomendo! Andar pelo Grande Canal me deixava com vontade de subir e descer a cada parada... nas duas margens. Na bilheteria de uma das estações, compramos o bilhete recarregável conforme a recomendação do Márcio do Tô indo para a Itália. Facilitou muito a vida pois a passagem por viagem é bem carinha e com o passe nós não nos incomodamos mais e sempre que preciso, não pensávamos duas vezes antes de entrar no vaporeto (sem nos esquecermos de validar a cada viagem). Depois da voltinha de vaporeto, apreciando a beleza das construções ao longo do Grande Canal, descemos em um dos pontos da Praça de San Marco e voltamos a caminhar. 



  • Decidimos nessa tarde visitar o Palácio Ducal ou Palácio do Dodge. A paixão só se intensificou! Simplesmente extraordinário! (Tá certo que cometemos um erro de avaliação na hora de comprar a entrada e acabamos gastando dinheiro a toa em um ticket combinado que dava direito a outras atrações. O ruim dessa aposta é que não teríamos tempo para visitar tudo no mesmo dia. Acabamos aproveitando apenas mais um museu ali na Praça de San Marco mesmo: o Museu Correr.) Tem muito o que ver e acabei seguindo um grupo de turistas russos que estava por lá: decisão mais do que acertada pois fomos parar em uma ala com a prisão subterrânea. 





  • Saindo do Palácio Ducal, foi a vez de visitar o Museu Correr para aproveitar o ticket combinado. Voltamos para o hostel e o período da noite foi dedicado a dar a volta completa na linha número 01 do vaporeto, indo até Lido e voltando. Começou a chover quando desembarcamos no Lido, nem podemos andar muito por lá. Todo o retorno foi embaixo de chuva intensa. Posso dizer que nem assim Veneza perdeu seu encanto.



Dia 02 - Com direito à música clássica da melhor qualidade



  • Acordamos e tocamos o barco (trocadilho bobooooo) para a Praça de San Marco. Era dia de subir a torre do campanário, quase sem fila. Não é nenhuma subida desgastante pois se vai de elevador. A vista é fantástica. Impressiona muito, especialmente os reflexos prateados deixados na água. Acho que nem adianta muito tentar descrever, melhor mesmo é deixar as fotos falarem.





  • Enfrentamos a fila para entrar na Basílica e quando estávamos perto de entrar, descobrimos que teríamos que deixar as mochilas em um guarda volumes em rua lateral. Foi uma das melhores coisas que aconteceu pois descobrimos por acaso um concerto que haveria de noite ali ao lado. Decidimos comprar os ingressos assim que saíssemos da igreja. Mais um pouco de fila em alguns momentos em cima de uma passarela para não nos molharmos pois havia alguns pontos da praça bem cheios de água (essa parte da viagem aconteceu entre final de setembro e os primeiros dias de outubro). A Basílica é espetacular! Muito dourado, com pituras riquíssimas. Chamou também atenção a quantidade de cartazes proibindo fotografias e a quantidade de pessoas fotografando alucinadamente. Saindo da Basílica, retomamos as mochilas e compramos ingresso para o concerto (25 euros).



  • Na sequência, fomos atrás do inevitável passeio de gôndola. Não vimos variação de preço. É caro? Sim! Mas achei que valeu cada centavo de euro. Os passeios parecem meio tabelados e tem variação de preço pelo tempo que demoram. Variam de uma maneira geral entre 70 e 110 euros. O interessante é que os preços são por passeio, então se estiver em grupo ou dividir com outros turistas, sai mais em conta.





  • Após o passeio, eu e minha amiga nos dividimos. Aproveitei para visitar o Gueto de Veneza, o mais antigo do mundo e onde foi ambientada a peça O Mercador de Veneza. Era dia de Sucot, uma das festas judaicas que eu acho mais legais, e tinham algumas sucots espalhadas pelo "bairro". Infelizmente, por esse mesmo motivo a Sinagoga e museus estavam fechados à visitação. O Gueto é bem peculiar e vale a visita com ruas estreitas e escadarias que surgem do nada. Ah! Os doces e sorvetes são boas pedidas.






  • Voltei para o hostel na hora combinada e nos arrumamos para o concerto. Pegamos o vaporeto até São Marcos e aproveitamos para caminhar na praça que estava muito animada. Tem uma aura meio mágica durante a noite. Quanto ao espetáculo: maravilhoso!!! A execução era primorosa e foi emocionante. Ainda terminamos a noite em um bar de tapas bem perto do hostel (todo cuidado era pouco com horário para não ficar do lado de fora após a meia noite), tomando prosecco mais barato do que água mineral. 



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