Puno e o Lago Titicaca: próxima parada

Ilha Taquile

Como já relatei no post Roteiro de 2 dias em Cusco (separados pela ida ao Vale Sagrado e Machu Picchu), o destino seguinte seria Puno e o trajeto até lá seria vencido de ônibus noturno. A viagem foi bem tranquila e acordei com o sol nascendo na estrada já bem perto de Puno. Uma bela visão!
Cheguei na rodoviária de Puno às 5h da manhã com o sol nascendo. Já havia gente oferecendo os passeios tradicionais pelo Lago Titicaca, a atração que traz os visitantes à cidade. Inicialmente fiquei em dúvida, mas resolvi pegar o tour pelas ilhas de Uros (as ilhas flutuantes de totora) e Taquile que sairia naquele mesmo dia às 7h da manhã. Dessa forma, pouparia tempo e já resolvia a problemática de decidir o que fazer nesse primeiro dia, principalmente antes do check in. As próprias agências que vendem esses passeios se oferecem para guardar as mochilas em suas "oficinas" (escritórios). O passeio custou S/ 60. Fiquei aguardando o horário tomando café da manhã (S/ 8) ali mesmo. Achei a rodoviária bem mais limpa do que a de Cusco, talvez por ser menor e estar mais vazia (infinitamente!). Quando deu o horário entrei em um ônibus já estava cheio de turistas, que me levou até o porto de embarque ali bem perto. Como já tinham me avisado o Lago naquela região era meio sujo. Ah! Convém lembrar que Puno e o Lago estão em uma mega altitude (3860m acima do nível do mar). Foi o lugar em que a altitude mais pesou para mim: apesar de não sentir nenhuma indisposição, senti mais frio e não conseguia andar rápido pois não havia fôlego.
Primeira parada, ainda perto de Puno, nas Ilhas Flutuantes de Uros. Lá tivemos explicações sobre o povo e as ilhas ministradas pelo guia e pelo "presidente" da ilha. Depois pudemos circular, entrar em uma das casa típicas e, claro, fazer compras. Tudo beeeeeeeeeeeeeem turístico! Embarcamos em uma das embarcações típicas para uma voltinha até outra ilha flutuante ali perto, com direito a encenação de despedida das mulheres (não vou contar para não estragar a "surpresinha". Arranca algumas risadas, mas é bem comercial. Mochileiros mais "puristas" podem se irritar. Eu achei tranquilo, acho que estava meio anestesiada. rsrs
Gastei S/20 em souvenier e S/10 para andar na embarcação típica. Ainda fiz amizade com uma menina americana louca por São Paulo e o bairro da Liberdade (!!!!) e com dois gaúchos com humor afiadíssimo. 
Puno em si é uma cidade bem feia. 

 

Nessa segunda ilha, voltamos ao nosso barco e fomos, em um trajeto meio longo, até a ilha Taquile. Fiquei meio dormecida durante toda a navegação até lá. Algumas pessoas escolhem permanecer nesta parada para pernoitar na casa de algum morador local. A ilha é lindíssima e me lembrou um pouco a Grécia, apesar de estarmos rodeados das águas de um lago e não do mar. A sensação de paz é predominante. Anotei no meu diário de viagem que se alguma guerra de proporções assombrosas estourasse entre Peru e Bolívia (os dois países que "dividem" o Titicaca), a Ilha Taquile continuaria como está em sua tranquilidade e naquela sensação de isolamento e paz. Aqui a altitude pesou na hora de caminharmos. Foi um passeio muito divertido especialmente pela companhia da americana e dos gaúchos. Andamos até uma praça central onde almoçamos com uma vista deslumbrante! (escolhi truta, s/25.. Estava deliciosa mas os acompanhamentos eram insossos). Depois retomamos a caminhada até o ponto de pegar o barco no outro lado da ilha.

No retorno para Puno, combinamos de nos encontrarmos para jantar mas eu demorei muito para pegar minha bagagem deixada na agência, comprar passagens de ônibus para meu próximo destino, pegar um táxi (S/ 5) e fazer o check in, além de tomar um merecido banho. Acabei me desencontrando do meu pequeno grupo. Ainda caminhei pela rua principal, admirei o visual da Catedral (lindaaaaaaaa!). Acabei jantando em um restaurante ótimo ali perto e experimentei o famoso Cuy (uma espécie de porquinho da índia. S/40). Muito bom! Subi sem fôlego até o hostel e capotei.