E em Machu Picchu tem mais: subindo Waynapicchu (Huaynapicchu)


Quando estava buscando destino para viagem, um amigo sugeriu fortemente o Peru. Lembro bem que entre os diversos argumentos dele estava a possibilidade de subir Waynapicchu - "aquela montanha que aparece ao fundo das fotos" -  em uma trilha emocionante.
Sem pensar muito, quando comprei ingresso para Machu Picchu (pelo site http://www.machupicchu.gob.pe/) inclui a trilha em Wayna. Apenas 400 pessoas estão autorizadas a subir por dia, divididas em dois grupos (um às 7:00 e outro às 10:00) e se for seu interesse é importante comprar com antecedência pois vi os ingressos com essa opção esgotarem online.
Sobre a parte emocionante: a trilha é considerada difícil pela maioria das pessoas pois é escorregadia, íngreme e em alguns trechos estreita.
Bem, esclarecimentos feitos, subir a montanha foi a melhor coisa que eu fiz em Machu Picchu! Inesquecível! Realmente tem alguns trechos mais tensos e em alguns momentos eu sentava no chão para retomar o fôlego (não se esqueça da altitude!). Recomendo muito! O contato com a natureza e a vista que vai se descortinando da cidade inca conforme se sobe, confere uma nova dimensão à visita. A sensação de plenitude que eu senti quando cheguei lá em cima é indescritível. Eu sempre gostei muito de caminhadas e trilhas, mas esta experiência me fez querer incluir nas minhas viagens mais momentos como este. Se houve algo realmente transcendental em Machu Picchu para mim foi esta trilha. Tentando descrever um pouco melhor as sensações e insights, eu diria que a principal "aquisição" da experiência toda foi conseguir me concentrar profundamento no momento presente, sem ansiedades ou preocupações alheias ao que eu estava fazendo. Quando cheguei lá em cima, simplesmente me recostei em uma pedra gelada e fiquei respirando até retomar o fôlego. A sensação era muito boa! Haja adrenalina! A trilha desemboca em um pequeno platô de onde se pode visualizar Machu Picchu inteira. Depois ainda se pode continuar por uma escada estreita de pedras até outras construções Incas. Haja coragem pois uma das bordas da escada é o precipício. Para os fortes, hehe. Já disse que a aventura vale muito à pena? É possível também optar por subir a montanha que se chama Machu Picchu, que me parece menor do que Wayna. Mas não sei o grau de aventura e habilidade. 
Na prática, curti um pouco caminhar por Machu Picchu e faltando meia hora para a subida, fui até a entrada e deixei minha mochila, ficando apenas com a máquina fotográfica e os documentos e dinheiro dentro daquelas bolsinhas que ficam escondidas dentro da roupa. Ainda aproveitei para carimbar meu passaporte.
entrada para a trilha em Wayna







Saindo da montanha, ainda dei mais uma caminhada pela cidade perdida e, feliz da vida, fui pegar o ônibus para descer até Águas Calientes e almoçar. Fiz uma horinha até pegar o trem para Ollanta. Aqui tenho que deixar claro duas péssimas decisões antecipadas que eu fiz: pegar o trem de categoria turística média e descer em Ollanta no retorno e não na estação perto de Cusco, que era meu destino final naquele dia. a primeira: existem três categorias de trem para Águas. Na ida eu peguei o mais simples e achei bem confortável. Na volta eu escolhi o intermediário e achei uma chatice. Estava exausta e tinha show interativo supostamente folclórico, além da venda de roupas de alpaca. (O terceiro tipo de trem é o super luxo. Todos você pode comprar pelo site da Peru Rail.) A segunda decisão: geralmente quem desce em Ollanta na volta divide táxi até Cusco. Acontece que as pessoas evaporaram na estação de Ollanta e eu tive que pegar um táxi sozinha (s/ 70). Não me incomodei por pagar sozinha o preço em si, mas principalmente devido ao meu medo atávico de pegar táxi! Sim! Essa que vos fala tem medo de taxista. No final, deu tudo certo. O taxista era super honesto e gente fina. Mas fiquei tensa em andar sozinha no carro com um desconhecido pelas estradas íngremes (loucura!) e muito escuras do Vale Sagrado. 



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