Roteiro de 2 dias em Cusco (separados pela ida ao Vale Sagrado e Machu Picchu)

Plaza de Armas de Cusco
Dia 1 - Cusco e City Tour

Depois de três dias e uma noite em Lima, era hora de seguir viagem. Saldo positivo da primeira parada, com vontade de retorno. Acho que ficaria uma semana em Lima só degustando a cidade. 
Peguei um voo para Cusco que já estava incluído na passagem aérea principal. Para não ter erro, agendei um táxi com o hostel e dei sorte de encontrar uma menina do País Basco (foi assim que ela se apresentou, nenhuma menção à Espanha. Nem questionei. rsrs) que iria para o aeroporto no mesmo horário. Aliás, aqui cabe um destaque: todo mundo indica que se chegue com bastante antecedência ao aeroporto de Lima, mesmo em voos internos e especialmente indo para Cusco. Dividindo, paguei 27 soles no táxi.
Tanto o trajeto até o aeroporto, quanto check in, espera e o voo em si foram tranquilos, sem intercorrências. Estava um pouco tensa em relação aos efeitos da altitude. Ainda em Lima havia tomado chá de coca no hostel para começar a me preparar. Logo que se sai do aeroporto em Cusco, dá para sentir algo diferente no ar! Não tive nenhuma reação durante toda a permanência na cidade e no restante do Vale Sagrado; nada de dor de cabeça, náuseas, tontura ou falta de ar. Mas senti "algo" diferente nos olhos e na cabeça, uma pequena pressão, sem ser dolorida. Do saguão do (pequeno) aeroporto de Cusco até a porta de saída, já se encontra várias pessoas oferecendo táxi. Recusei as ofertas iniciais por 30 soles e acabei conseguindo um por 20 (na época, acho que alguém me disse que o táxi sairia por no máximo 15 soles).
A minha primeira impressão de Cusco - que depois não se modificou - era de estar o lugar feio mais bonito do mundo.
Cusco vista de cima - a cidade feia mais bonita do mundo?
Fiquei hospedada novamente em um Hostel da rede Pariwana, a mesma de Lima. Gostei muito e recomendo! Super central, limpo e confortável. Depois do check in, minha primeira providência foi começar a mascar folha de coca.


Dentro do hostel tem uma agência oferecendo passeios e tratei de me informar sobre o City Tour e a ida ao Vale Sagrado.
Seguindo o conselho da maioria dos viajantes, dividi o trecho da viagem que incluía Cusco, o Vale Sagrado e Machu Picchu da seguinte forma:

  1. Introdução em Cusco, com adaptação à altitude
  2. Excursão ao Vale Sagrado com parada e pernoite em Ollantaytambo
  3. Ida de trem para Machu Picchu saindo e voltando a Ollanta
  4. Retorno à Cusco
Apesar da recomendação geral de descanso no primeiro dia em Cusco, me sentia tão bem que peguei o City Tour que sairia 13:30 daquele mesmo dia (20 soles). 
Sai para dar uma volta de reconhecimento e arrumar um lugar para almoçar antes do tour. Escolhi um Starbucks mesmo, ali na Praça das Armas, por praticidade já que não tinha muito tempo e também não queria me arriscar na culinária típica antes do passeio. (30 soles por sanduíche+frapuccino+água mineral+brownie; valores de setembro de 2013) O Starbucks da Praça das Armas tem uma vista ótima. Enquanto comia aproveitei para tirar algumas fotos e ainda acompanhei uma procissão.




Voltei rapidinho e partimos no City Tour. Todos reunidos em dois micro ônibus e fomos direcionados ao primeiro sítio arqueológico, ainda na área central de Cusco (10 soles). Trata-se de um monastério construído sobre os resquícios de um templo inca.



Após essa visita, seguimos de ônibus para outros cinco sítios os arredores (todos acessíveis através do Boleto Turístico que inclui diversos lugares e custa, na versão integral, 130 soles. Mais sobre o boleto: http://www.cosituc.gob.pe/). Fiquei bem impressionada com esse City Tour. As paisagens são fantásticas e antecipa um pouco o que virá com o passeio ao Vale Sagrado.
Só me ressenti um pouco do tempo deixado para explorar cada lugar. Por Tambomachay, o segundo lugar visitado no dia, você passa quase correndo. E em Saqsaywaman, o último do dia antes da"'lojinha" de roupas e produtos de alpaca, você chega já com o sol se pondo e realmente dá vontade de perguntar mais para o guia e conhecer melhor o lugar. Um detalhe importante quando se está em Cusco e no City Tour é a variação de temperatura. No começo da tarde era possível andar de jeans e camiseta, o final do dia roupas quentinhas para aguentar. Depois do tour, jantei em um restaurante ali na Praça das Armas com um brasileiro gente boa que conheci no hostel.
Tambomachay




Pukapukara




Qenqo


Saqsaywaman




Dia 2 - Circulando por Cusco, na ressaca de Machu Picchu


Retornando de Machu Picchu, meu roteiro de viagem ficava aberto. Só tinha reservas feitas para os últimos 5 dias de viagem no Deserto do Atacama e duas possibilidades para chegar até lá por terra. Cheguei a pensar em pegar um táxi para visitar Maras e Morai como a maioria faz, mas estava um pouco cansada da jornada e sentindo falta de "espaço" para pensar e decidir os próximos rumos. Resolvi tirar esse dia para circular por Cusco, subir até o bairro de San Blas (com lojinhas e restaurantes interessantes), provar algum sabor típico, etc. Foi dia de experimentar carne de alpaca (S/ 39,5) , de tirar foto se rendendo ao assédio constante aos turistas, de ver o final de um casamento local, de visitar o mercado municipal na hora do almoço (fiquei com muita vontade de comer lá, mas insegura quanto à "segurança alimentar" do local), de lavar roupas (S/ 9 pelo próprio hostel) e colocar ordem na mochila. Durante a andança, decidi seguir viagem até Puno de ônibus para conhecer o Lago Titicaca ainda naquela noite, já que não tinha tanto tempo assim disponível para continuar curtindo o roteiro peruano e fazer a travessia pelo norte do Chile ou pela Bolívia até o Deserto. Comprei a passagem (S/ 55 no ônibus noturno) na mesma agência dos tours do hostel. fiz check out e deixei as malas por lá mesmo. De noite, peguei um táxi (S/ 5) até a rodoviária local que estava super cheia e barulhenta. O grito de Arequipa Arequipa Arequipa parece que vai ficar grudado nos ouvidos de tão repetido naqueles corredores. 










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