3 dias em Lima: dia 3

Terrine de cuy a la Astrid y Gaston

Dia 03: Alta gastronômia

Acho que esse deve ter sido um dos dias mais caros de toda a viagem. Foi também um dia em que dei graças por ser uma mochileira tardia e estar em uma fase em que posso me dar a alguns luxos em viagem de vez em quando. Eu já havia ouvido falar do peruano Gaston Acurio como um dos maiores chefs do mundo e quando uma amiga me passou a indicação do Astrid y Gaston como uma experiência a ser vivida em Lima, resolvi deixar a economia de lado e reservar um jantar com menu degustação. Como a mãe da minha amiga indicou, realizei a reserva com semanas de antecedência pelo site. Graças a Deus, pois encontrei muita gente durante a viagem que tentou reservar com antecedências diversas sem sucesso.
Resolvi encarar a experiência gastronômica, que sabia que não seria barata, como um dos tours que faria depois pelo Deserto do Atacama. Dito isso, claro que meu dia não começou no jantar.
Museu Larco Herrera

Bem, depois de trocar dinheiro no banco perto do hostel fui arrumar um táxi para ir até o Museu Larco Herrera, que fica meio longe. Olha, foi difícil! Consegui na quarta tentativa um motorista que soubesse do que eu estava falando. Após um caminho interessante e S/15 de tarifa, me vi diante de uma bela casa. O Museu é lindo! Não tem um acervo muito grande, mas é de grande interesse e há ainda toda uma parte de arte erótica (muito legal a cara das pessoas e as risadinhas que desperta! ficava cantarolando mentalmente aquela música que toca no filme "Meia Noite em Paris") imperdível. A lojinha e o restaurante são um charme, mas com preços meio salgados. Para entrar no Museu você paga S/30.




Saindo do Museu, peguei outro táxi de volta à Miraflores até a pirâmide que fica bem no meio do bairro, chamada Huaca Pucllana. Cometi o erro de não perguntar antes de entrar no táxi o valor da corrida. O resultado foi S/30 no lugar dos S/15 que paguei na vinda. Como achei o motorista meio esquisito, resolvi pagar e engolir em seco.
ruínas dentro da cidade

Huaca Pucllana é muito legal! Já na chegada, da rua, no meio de um bairro residencial você vê as ruínas enormes. A visita guiada é muito boa e custa S/12. Como estava morta de fome, na saída decidi comer no restaurante das ruínas (Huaca Pucllana). Gastei S/100 em um almoço divino!!!! Uma massa, pisco souer, sobremesa e café. Saí feliz da vida e resolvi ir caminhando até o hostel mas, talvez por estar um pouco alta, peguei a direção errada. Sei que andei pra caramba e quando percebi que não chegava nunca, peguei um ônibus de volta por S/1. Tocava rock de primeira no ônibus!

Descansei um pouco no hostel, arrumei as malas para ir para Cusco no dia seguinte, me arrumei e fui jantar cedo no Astrid y Gaston. O ambiente é uma delícia, nada esnobe e com um serviço espetacular! O menu degustação que eu escolhi (eles servem à la carte e com certeza a experiência é mais acessível do ponto de vista financeiro) se referia a uma viagem de imigrantes da Ligúria na Itália até o Peru. Inesquecível! Foi o jantar mais caro da minha vida, mas como encarei como um espetáculo não me arrependi nem um pouco em gastar mais de S/ 370 em 22 pratos, suco, água e café. Ah! E um catálogo de fotos, com cd e dvd. Uma festa para todos os sentidos! a proposta unia a culinária italiana com a peruana, brincando com texturas, sabores e conceitos.

Voltei a pé para o hostel após quase 4h comendo. 


Acho que ficaria mais uma semana em Lima... comendo!


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