A primeira semana na Croácia: o começo de uma jornada de 7 dias por Split, Hvar, Brac e arredores

Promenade de Split
O meu amor pela Croácia começou platônico e se concretizou a primeira vista de Split da janelinha do avião. O contraste do mar azul, céu limpo, montanhas brancas é arrasador!
Na Croácia também pude experimentar um outro jeito de viajar, que se tornou o meu favorito: sem compromisso, sem pressa, definindo o roteiro dia a dia.
Entrei no país com um rascunho do que queria conhecer e reserva para poucos dias. O resto foi decidido e escolhido conforme a brisa.

Dia 1- Split


  • Split era o meu primeiro destino na Croácia simplesmente porque o avião saindo de Praga descia por lá e também por servir de entrada para a ilha de Hvar, onde eu queria estar em 31 de agosto para a última Full Moon Party no Carpe Diem na temporada. Gostei tanto do clima da cidade que retornei para ficar mais dois dias quando sai de Hvar.
  • Cheguei no final da manhã no aeroporto, enfrentei uma fila relativamente grande na imigração, mas nenhuma pergunta foi feita. Uma série de ônibus leva as pessoas para as principais cidades ali perto. Dá para sacar dinheiro lugar ali no aeroporto (que é bem pequeno). Também não tive dificuldades para encontrar o hostel que tinha reservado, saindo da Estação de ônibus foi só seguir as orientações da reserva. O Tchaikovsky Hostel é adorável! Muito bem localizado, limpo e com um staff que faz a diferença! Deixei minhas coisas no albergue e sai pra fazer reconhecimento da área. O Centro de Split é pequeno e você percorre a pé, se perdendo por algumas vielas. O Centro Histórico cresceu dentro e ao redor da principal atração da cidade: o palácio de Diocleciano. Conforme você anda pela cidade, vai se deparando com pedaços do palácio. Tudo isso emaranhado com construções de outras épocas, como um Prefeitura Renascentista. Recomendo uma tarde alongada para conhecer o centro e subir na torre da Catedral (Olha a vista!). A minha visita foi cortada ao meio, pois eu voltei para fazer o check in no hostel, me instalar de verdade e me refrescar.





  •  Depois de muito andar pelo centrinho, fui pra praia. As praias que ficam atrás da região do porto e da estação rodoviária são bem badaladas, com bastante gente jovem. Dá para curtir de dia e voltar de noite!



Dia 2 - Split

  • Acordei um pouco mais tarde e aproveitei para ter um dia bem relaxante. Seguindo a dica do pessoal do hostel, fui na direção oposta a do dia anterior em busca de um parque chamado Marjan. O caminho que peguei do hostel até lá, me lembrava muito os bairros da zona sul do Rio de Janeiro. Aluguei uma bike no parque e fui dar uma volta. Achei todo o lugar muito bonito e tinha um som constante de grilos que eu adorei (conheci gente depois que detesta esse barulho). As praias na Croácia as vezes são um pouco diferentes do que estamos acostumados: além das pedrinhas (encontra-se facilmente sapatilhas de neoprene para resolver o problema), muitas vezes as pessoas simplesmente descem e ficam curtindo o mar cristalino em pedaços que parecem paraísos particulares.

  • Nem sei quanto tempo gastei nessa brincadeira, mas voltei para o hostel faminta e segui a dica deles (sempre boas!) para almoço (nome do lugar: Fufi. Pratos bem servidos e sem preços absurdos). Depois fui andando pela beira mar, passei pela marina e subi até um parque onde fiquei lendo até o por-do-sol.



  •  Não fui pra balada esse dia, só andei pela promenade e tomei sorvete. Também fiquei assistindo televisão e conversando com o staff do hostel. O dia seguinte era para acordar cedo e garantir a ida de catamarã para Hvar.
Dia 3 - Ida para Hvar
Por-do-sol em Hvar Town

  • Completei um mês de viagem! Acordei cedo e fui comprar as passagens de catamarã para Hvar. As passagens são vendidas no dia. Há duas opções para chegar até Hvar, saindo de Split, catamarã (mais rápidos, menores e que deixam no porto em Hvar Town, onde ficaria hospedada) e ferry (maiores, com mais opções de horário, mas mais lentos e que deixam do outro lado da ilha, no porto de Stari Grad, onde você pega ônibus para ir até Hvar Town). Gastei 47 kunas nessa passagem.
  • Voltei devagar, comprei coisinhas para café da manhã e fiquei no hostel até o check out. Gostei muito do povo croata, desde esse primeiro contato. Adorava ficar conversando com o pessoal do hostel.
  • Chegando em Hvar, pedi informações no posto de turismo ali perto do porto. Me instalei no primeiro albergue que reservei para essa viagem: Villa Scansi. Detestei esse albergue! Não sei se foi o contraste com a hospitalidade de Split, mas pra mim foi um sofrimento ficar aqui. Bem: a área comum desse hostel era fantástica! Muito boa mesmo! Mas era só! Os hospedes deixavam tudo zoneado nos quartos, as beliches eram horríveis e eu ficava batendo a cabeça sem parar na cama de cima (e olha que sou bem pequena!), os homens eram muitoooo antipáticos (e feios! huahua), os quartos ficavam sujos, o chuveiro era ruim, não havia espaço nos quartos para guardar nada, o locker era muito pequeno e as malas ficavam todas espalhadas pelo chão do quarto... Só conseguir fazer amizade e conversar um pouco com um francês e uma escocesa.. Muito legais! Mas o resto... Não curti a vibe! O que não ajudou muito na balada. O lugar é lindo e o Carpe Diem tem boa música, um cenário fantástico, mas... Talvez fosse a época, uma coisa meio final de temporada! Achei que lembra bastante as baladas que temos aqui em Balneário Camboriú, Santa Catarina.

  • Hvar Town é uma gracinha e durante o dia perambulei pelas praias da região. De noite tem bastante movimento também. Geralmente o esquenta acontece ali em frente ao porto, de onde sai o transporte para o Beach Club onde a festa acontece.
Dia 4 - Hvar - Stari Grad e Jelsa
Jelsa
  • Depois de conseguir acordar, tomar banho (sempre difícil neste lugar, mesmo com banheiro no quarto), tratei de cair fora do hostel em busca de café da manhã. Não era tão tarde assim, pois ficar naquele quarto por muito tempo era impensável! Depois do café (sempre escolhia um lugar diferente ali em frente a marina), procurei o serviço de informações turísticas de novo para descobrir como ir para Zlatny Rat na ilha de Brac, uma das mais famosas praias da Croácia. Como era praticamente inviável ir e voltar de Hvar (envolvia ir até o outro lado da ilha e o transporte era super restrito em dias da semana e horários) e ficava mais fácil ir de Split, tratei de garantir mais dois dias de hospedagem em Split pela internet.





  • Peguei um ônibus ali atrás da praça e fui para Stari Grad. Os caminhos são lindos! Stari Grad é bem legal de explorar e fui parar em uma casa-museu de um poeta maravilhosa! Almocei por ali e peguei outro ônibus para Jelsa, outra cidadezinha com uma praia de areia (para variar!). Em Jelsa não encontrei a praia de areia e decidi me jogar nas de pedrinha. Tem caminhos ótimos para percorrer de bicicleta.


  • Voltei de ônibus no final da tarde, entrei na internet na área comum do hostel, bati um papo e sai pra jantar ali perto do porto. 

Dia 5 - Hvar - Mlini Beach - ou o paraíso se supera!



  • Acordei tarde e meio sem rumo neste que seria o meu último dia em Hvar. Novamente, café da manhã em frente ao porto/marina. Enquanto tentava decidir o que fazer fiquei olhando os cartazes das embarcações oferecendo excursões e algumas fotos me chamaram atenção. O rapaz que viu meu interesse me abordou e como o barco sairia em menos de 10 minutos, resolvi embarcar. Em quinze minutos mais ou menos cheguei no paraíso! Sério! Nunca tinha visto nada igual! Passei o dia na Mlini Beach. 


  • Voltando para Hvar, depois de uma passada no albergue, fui curtir a praia de Hula Hula, com seus djs e por-do-sol.




Dia 6 - Split -  o retorno
  • Voltei de catamarã pra Split e usei o dia para fazer umas comprinhas, levar a roupa pra lavar, passar no mercado e resolver a ida para a ilha de Brac, conhecer enfim a famosa praia de Zlatny Rat. Claro que deu para tomar muito sorvete, aproveitar uma prainha e o por-do-sol.




Dia 7 - Split - Zlatny Rat

  • Para ir de Split até Zlatny Rat, praia no vilarejo de Bol, na ilha de Brac, é só pegar um ferry no porto e chegando em Supetar (já a ilha de Brac) pegar o ônibus que tem os horários conjugados com os dos ferries e ira para Bol, atravessando a ilha. Novamente, os caminhos são de matar de tão lindos! Confesso que como um todo gostei mais desta ilha do que de Hvar e fiquei com vontade de ter me hospedado uns dois dias por aqui.


  • A praia é linda! Conforme o horário do dia e a luminosidade parece que a pontinha aponta para um lado diferente. Tem várias barraquinhas e um lounge bem legal. A cidade de Bol também é muito agradável e a saída de Supetar no final do dia, de ferry, foi inesquecível!






E foi assim que terminou uma das semanas mais maravilhosas que já tive na vida!

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