Deserto do Atacama - Dia 2: O Salar de Tara

voando alto
Confesso que foi uma tarefa difícil escolher a foto para encabeçar essa publicação. Tem uma mais linda e significativa do que a outra neste dia que foi simplesmente perfeito. Escolhi essa que, apesar de não ser a mais bonita, exemplifica bem a minha euforia com o tour ao Salar de Tara.


Bem, eu já tinha uma noção de que o Salar prometia devido a todos os comentários lidos de que se há um passeio imperdível no Atacama, é esse. Trata-se de um tour de dia inteiro, que sai apenas alguns dias na semana e não é feito por qualquer agência. É um dos mais caros também, mas vale cada centavo. A Glaucia já tinha deixado o tour dela agendado para esse dia e quando soube que eu também tinha incluído na minha programação, conversamos com o pessoal do hostel para tentar me encaixar no mesmo grupo. Ela tinha fechado todos os seus passeios com uma agência chamada Maxim, que eu indico totalmente. Comparado com o serviço oferecido pelas outras, considero que teve diferencial sim.
O dia começou bem cedo e para nos deixar com a certeza de que nos hospedamos em um lugar especial, o pessoal do hostel deixou uma marmitinha pronta com café da manhã para levarmos. Um mimo! Eu subestimei o frio no deserto e quase congelei na nossa primeira parada: café da manhã no meio do deserto. Logo cedo, e mesmo ainda perto de San Pedro, as paisagens não decepcionam. O tour ao Salar de Tara é feito sempre em grupos menores e em carro especial. O guia vai conduzindo o carro e fazendo algumas paradas estratégicas, como por exemplo para ver lhamas. Aliás, nosso guia - Felipe - era um caso à parte. A maior figura! Um astral ótimo, apaixonado pelo que faz (como não ser?) e com um gosto musical impecável. Tivemos trilha sonora neste passeio e deu um toque a mais a sensação de aventura.

Caminhos

É um caminho impressionante! A sucessão de paisagens, variadas, vai empolgando de tal maneira que eu mal me continha. Eu, que já estava feliz da vida com as lhamas e a onipresença do Licancabur (ô vulcão lindo!), fiquei na maior euforia quando paramos, ainda margeando a estrada, na beira de uma lagoa semi congelado. Acho que foi uma das visões mais impressionantes que eu já tive, tamanha beleza! Uma parte da lagoa estava congelada a ponto de se poder andar em cima (para quem quisesse se arriscar, claro!) e a outra ondulava calmamente. Espetacular! Eu e a Glaucia só nos olhávamos e balançávamos a cabeça sem acreditar. E dá-lhe foto! Um ou outro flamingo ainda sobrevoava (a sequência de fotos abaixo mostra um casal voando, mas acho que só será visível na versão ampliada, então é só clicar na foto) a lagoa.





Dando continuidade, mais estrada deslumbrante e chegamos em um dos pontos mais altos (mais de 4.000m!) e encontramos neve. Um lindo contraste de cores e texturas!
Contrastes

Como vocês podem ver, tudo que é bom despenteia e os turistas piram! hehehe
É logo depois desse trecho que deixamos a estrada e os caminhos ficam mais aventureiros até chegar ao Salar propriamente dito. Exceto por algumas motos que rapidamente desapareciam no horizonte e de um raro 4x4, estávamos sozinhos nessa imensidão a maior parte do tempo. A estrada desaparece mas o deslumbre continua. Com paradas estratégicas para fotos, chegamos ao Salar onde paramos para almoçar em uma espécie de refúgio. Nosso motorista-guia-fotógrafo de saltos se revelou também chef de cozinha. Exageros à parte, ficamos meio tensas enquanto sanduíches de atum eram preparados no meio do nada. Mas além de saboroso, se revelou inocente. Nem eu, nem Glaucia sentimos qualquer efeito colateral. Falando em efeito colateral, faz parte da aventura no deserto não ter banheiros, o que nos fez ter que apelar para cantinhos isolados ao ar livre. (leve saquinho de plástico e lenço de papel!)
Retornamos felizes, em estado de glória e cansadas para San Pedro. Ainda teve noitada no Bar Barros, como não podia deixar de ser. Por conta de uma promoção, acabei bebendo Margueritas demais e voltei relativamente cedo para  o hostel. LEve a sério quando falam para evitar bebidas alcoólicas na altitude. rsrs














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