Ainda na Toscana: Florença, Fiesole e Pisa em 3 dias e uma noite

Florença - uma pintura

Noite - Seria Florença uma cidade nervosa?

• Bem, a chegada em Florença aconteceu no final da tarde, na Estação de Trem, após todo o rolo da entrega do carro em Siena. Não foi nenhum grande mistério encontrar o albergue, o Plus Florence. A primeira impressão foi de uma cidade "nervosa", algo que eu esperava mais de Roma do que de Florença. Após o check in, fomos procurar algum bar que também oferecesse comida. Como a primeira impressão da cidade foi meio tensa, acabamos voltando para o hostel e comendo ali no bar mesmo. Entendam bem, não aconteceu nada demais com a gente, mas talvez por estarmos vindo das cidades menores da Toscana, ficamos com a impressão de estar em um lugar que exigisse atenção.
• A noite estava linda!

Dia 1 - Primeira volta: o Duomo, Galeria Uffizi e centro de Florença

• Primeiro dia de verdade na cidade das artes, após o café da manhã, fomos a pé na direção do Duomo. Nada difícil de encontrar! Já havia um certo movimento ali nos arredores. O Duomo é impressionante e fica em um espaço que o torna difícil de ser fotografado na sua integridade. Resolvemos subir. A fila fica em uma entrada lateral e não é muito grande. A subida é forte e bem claustrofóbica. Talvez para quem tenha algum problema com isso, seja melhor subir a Torre do Campanário. Mas vale muito a pena! A cidade é linda lá de cima! Aliás, aqui foi a primeira vez que tive a sensação que se repetiria nos outros dias de que Florença é mais bonita quando vista de cima.
• Muitas fotos e a descida depois, andamos ali nos arredores e fomos caminhando até a famosa Praça della Signoria. É aquela com as réplicas de várias esculturas famosas. Ali também fica o Palácio Vecchio e entrando em uma das ruas à direita encontra-se a Galeria Uffizi, que seria nossa atração no período da tarde (já com ingressos comprados do Brasil). Ainda andamos até a ponte Vecchio pra fazer uma hora. 

Florença vista de cima do Duomo

• O tempo estava bem instável e enfrentamos vários momentos de chuva. A Galleria Uffizi é outro absurdo desses que você só encontra na Itália. De qualquer modo, mesmo tendo gostado muito da visita, ainda considero as Gallerias Borghese de Roma, minhas favoritas no quesito deslumbre. Ah! Bom lembrar que, como o queridíssimo Márcio do Tô indo para a Itália tinha advertido, vale muito a pena comprar as entradas pelo site com antecedência: as filas eram quilométricas para quem não tinha ingresso ainda. 

• Ainda fizemos planos para o dia seguinte: decidimos que a manhã seria dedicada à Pisa e a tarde, já estava comprometida com o David de Michelangelo a Galleria della Academia. Também deveríamos mudar de hospedagem, pois eu havia reservado um hostel para os dois últimos dias em Florença que era uma villa toscana. Compramos as passagens para o dia seguinte na Estação Central e minha amiga aproveitou para comprar também passagens para Bolonha, cidade de sua família. 

Dia 2 - Pisa pela manhã e greve na Galleria della Academia de tarde

• Com as passagens de trem compradas, embarcamos cedo para Pisa. Chegando na Estação Central, fomos meio que intuitivamente caminhando até chegar na atração mais famosa da cidade: sua torre inclinada. A bilheteria para os ingressos de subida a torre nem estava aberta ainda. Ficamos por ali, fotografando e fazendo palhaçada e subimos no primeiro grupo. Recomendo muito a subida na torre. Não chega a ser desgastante, como subir o Duomo de Florença, e é muito legal pois a inclinação é evidente. Quando descemos, já havia uma verdadeira multidão tirando fotos, fazendo as habituais poses mico e comprando lembrancinhas. Apesar do pouco tempo passado em Pisa, gostei muito do clima da cidade e cheguei a considerar me hospedar por ali e não em Florença em uma próxima vez.

• Voltamos para Florença para descobrirmos que não seria possível visitar a Galeria della Academia pois os funcionários estariam em greve. Isso me fez desistir da ida a Siena no dia seguinte, pois alguém teria que garantir a troca de entradas de manhã e as passagens da minha amiga para Bolonha já estavam compradas. Resolvemos mudar logo de hospedagem e fomos para a Villa Camerata. Foi interessante ver outro lado de Florença. Aproveitamos e depois de nos perdermos muito fomos conhecer de ônibus o município vizinho: Fiesole. Adorei o lugar! Tem um anfiteatro, restaurantes agradáveis, belas vistas de Florença e das villas dos arredores. Ainda comi um torta de frutas do bosque magnífica (no café do anfiteatro).

Greve?

Dia 3 - Palazzo Vecchio e enfim o David, fechando com chave de ouro

• Fui resolver a história da visita à Galeria della Academia, enquanto minha amiga foi para Bolonha. Ficou confirmado que haveria troca dos ingressos já comprados, mas estava o caos ali nos arredores. Como não tinha nenhuma programação específica, resolvi me enfiar no Palazzo Vecchio. Melhor coisa que eu fiz. O hall de entrada é aberto à visitação gratuita. Foi ali que descobri que dava para subir na torre e visitar os outros cômodos. Muito legal! A vista do Duomo lá da metade da torre é muito bonita. Além disso, há salas e mais salas com tetos e paredes deslumbrantes a serem visitados.
• Encontrei minha amiga na frente da Galeria, onde enfrentamos uma fila absurda mesmo com ingressos. Bem, tudo para ver o David. e posso dizer que vale muitoooooooooooo! A Galeria é muito menor do que as outras que visitamos mas vale pelo David de Michelangelo ("Eu não sei parar de te olhaaaaaaaaaaaaarrrrrrrr") e por outras obras inacabadas do mestre. Aliás, experiência fantástica ver essas obras, a escultura nascendo ali.
• Saindo da Academia, ainda demos uma volta nos arredores e resolvemos ir andando pela margem do rio até a entrada da subida para a Piazzale Michelangelo. Outra escolha acertada. Mais uma Florença diferente e a vista, com direito à música ao vivo, faz da cidade uma das mais belas. Recomendo! Voltar de noite para a cidade e andar pelas ruas centrais foi muito legal.