Úmbria e Toscana de carro: Viterbo, Civita de Bagnoreggio, Montepulciano, Orvieto, Pienza, até Siena

On the road

Dia 01 - Se adaptando ao carro na Itália e um joia chamada Civitá de Bagnoreggio

Civita

• O dia começou relativamente cedo pois havíamos deixado o carro alugado para partir do aeroporto. Devido a um mau entendido no hostel, nosso transfer não havia sido agendado com antecedência, o que resultou em um táxi por 55 euros. O transfer sairia 38! O outro pequeno porém foi constatar que o GPS reservado não estava disponível. Dependemos apenas do navegador do meu tablet (que ficava sem bateria rapidinho, com ele ligado!) e com o mapa. :-(
• A ideia era seguir por estradas secundárias, passando por Viterbo, Civitá de Bagnoreggio e quem sabe Orvieto, até chegar no hotel em Montepulciano. 

Viterbo

• Posso dizer que pegar as estradas secundárias pela Úmbria e Toscana entra naquelas coisas para se fazer antes de morrer. Dos lugares onde estive, este é um que não é traduzido pelas fotos. As cores, texturas, luz... só em pinturas mesmo! E olha que já não haviam mais campos de girassóis! Fomos parando pelo caminho, tirando fotos aqui e ali, até fazermos um pit stop maior em Viterbo. Achei a cidade bem tranquila. Foi um aquecimento para o que viria depois e uma pausa providencial para o almoço.

• A grande estrela desse primeiro dia seria Civita de Bagnoreggio. Essa micro vila encarapitada no alto de um monte (como muitas cidades da região, mas em versão especial) não costuma ser muito divulgada nem faz parte dos roteiros mais comuns. Particularmente, eu só sabia da existência dela devido ao relato do Ismael e da Aline no Grande Mundo Colorido. O único acesso (a pé!) é por uma passarela comprida passando por cima do abismo. Isso confere uma aura e tanto à cidade na qual o filme do Pinocchio teve suas cenas rodadas. É um encanto andar pelas ruas, decoradas com flores aqui e ali, após ter enfrentado muito vento na passagem. Imperdível! Porém, em alguns momentos parece uma cidade meio fantasmagórica...

• Na sequência, a missão seria chegar em Montepulciano. Ainda passamos perto da entrada de Orvieto, mas decidimos voltar no dia seguinte. Aqui o problema, que não chegou a ser algo grave em se tratando de estradas com paisagens absurdas, foi encontrar o hotel em Montepulciano. Explico: acabou a bateria do tablet/gps e por lá tem-se províncias, comunas e cidades com os mesmos nomes. Sei que chegamos a Montepulciano várias vezes, sem realmente chegar. Os italianos tem fama de grosseiros, mas todos que foram abordados por nós se mostraram muito simpáticos e prestativos! Enfim chegamos com o por-do-sol. O Panaromic é um hotel excelente (estava em promoção no booking.com)! Boa infraestrutura e para quem está de carro dispõem de estacionamento gratuito no próprio hotel e uma vista magnífica de Montepulciano, já que fica do lado de fora da cidade. Amei! 

Dia 02 - Orvieto e Montepulciano: a mais bela igreja!

Orvieto

• A programação do dia foi partir em direção à Orvieto logo após o café da manhã no hotel. Novamente, estradinhas deslumbrantes! Giramos um pouco em Orvieto até encontrar um lugar para estacionar e fomos andando. Considero uma das experiências mais marcantes da minha vida a primeira visão do Duomo de Orvieto. Chegamos nele pelos fundos e fomos contornando a lateral até chegar na frente... e ter uma das visões mais deslumbrantes da minha vida! Até aquele momento eu tinha a Sagrada Família de Gaudi, em Barcelona, como a mais bela igreja do mundo... A obra prima de Gaudí ainda tem um lugar mais do que especial no meu coração (continua como a igreja com o interior mais bonito e místico na minha opinião!), mas diante do Duomo de Orvieto até o céu nublado ficou azul! Muito lindo! Entramos depois de muitas fotos (3 euros). O interior não é tão impactante mas tem alguns detalhes que valem a visita. Depois perambulamos pela cidade e subimos na Torre do Mouro pouco tempo dela fechar para a siesta. Aliás, a cidade parece respeitar bem a siesta. Outros destaques: a vista dos arredores tanto da torre quanto das margens/muralhas da cidade. Queria ter ficado mais por ali. Ah! Orvieto também me deu um almoço inesquecível! Uma massa com ragú de coelho.

O deslumbre!

De cima da Torre

• De Orvieto, pegamos estrada para finalmente conhecer Montepulciano. Na saída para a A1, erramos o pedágio e passamos na versão deles do "via fácil/sem parar". Confesso que deu um desespero, mas na outra passagem do pedágio - onde deveríamos sair -, minha amiga que dirigia conseguiu explicar e passamos... Não recomendo a aventura! heheh.. Em Montepulciano subimos muito a pé (o carro ficou no estacionamento na entrada da cidade) até chegar na Praça Alta (rsrs). De lá ainda admiramos um por-do-sol magnífico! Montepulciano é um bom lugar para quem quiser comprar coisas de couro e vinhos. Achei as peças muito bonitas e com bons preços. A cidade é uma graça! Tudo bem cuidado e com um senso artístico e olhar para a beleza...

Dia 03 - Parte baixa de Montepulciano, Toscana idílica, Pienza e a dificuldade em devolver o carro em Siena

• Último dia em Montelpuciano e também o derradeiro com o carro. A ideia era pegar estrada, conhecer Pienza no caminho para Siena, entregar o carro e poder explorar um pouco Siena antes de ir de trem para Florença.

Igreja na parte baixa de Montepulciano

• Começamos bem: desde a saída de Montepulciano até Pienza nos deparamos com algumas das mais belas paisagens. Eu tinha que me controlar para não pular pela janela do carro para tirar fotos! Pienza é uma cidade muito fofa! Me pareceu próspera, mais do que as outras... O mesmo senso de belo de Montepulciano. Depois de andar pela cidade, voltamos para a estrada.

• Foi só ao chegar em Siena que os problemas começaram: o gps desovou a gente no centro da cidade, o que me deixou quase a beira da histeria pois as ruas são muito estreitas, tudo truncado, a bateria estava acabando e eu não conseguia lembrar quais eram as cidades em que não-moradores estavam proibidos de entrar com carro... Por sorte, não era Siena, pois não veio nenhuma multa de todo este período. Achei Siena linda de dentro do carro! Infelizmente, foi a única visão que tive da cidade pois quando conseguimos vencer as ruelas e chegar perto da Estação Central, descobrimos que a locadora não ficava ali! Tínhamos escolhido devolver em Siena Central, mas só depois de muito girar e perguntar, nos vimos na a1 (autoestrada) na direção de quem volta para Roma. No final das contas demoramos uma era até encontrar o lugar, cujo endereço não estava nem no mapa, nem no gps. Ficava em uma rua dentro de um conjunto comercial que não sei como conseguimos avistar o nome na placa enquanto passávamos. Um terror! Acabou com meu bom humor! Dali, voltamos de táxi para a Estação, compramos os bilhetes de trem e almoçamos em um shopping do outro lado da rua. Terei que voltar à Siena! rsrs Mesmo com o estresse, vale muito à pena estar de carro.