E a viagem pela Itália está só começando: 5 dias e 1 noite em Roma, Cidade do Vaticano, Nápoles e Pompéia

Antes de continuar esse relato (mais do que atrasado!), preciso declarar: AMEI Roma! Desde o primeiro instante, fiquei completamente apaixonada pela cidade intensa e viva!
Agora vamos lá:

Noite 1: Primeiro contato com a Cidade Eterna

  • Vindo de Bari de trem, cheguei na Estação Roma Termini (a principal da cidade) no final da tarde. Saindo de Bari 13:17, cheguei 17h20 em Roma. Como tinha reservado um hostel (Alessandro Palace) bem perto da Estação, fui a pé até lá. 
  • Check in feito, sai para andar um pouco, passei no mercado e terminei a noite no bar do hostel tomando vinho.
  • Gostei do hostel, os quartos eram limpos, staff tranquilo, curti bastante o clima do bar. Minha principal crítica é ao wifi limitado. Café da manhã também não está incluído.
Dia 1: Descobrindo Roma a pé

Castelo de Sant'Angelo e o rio: margem de cá, Vaticano e Trastevere; margem de lá, centro de Roma com as principais praças e monumentos
  • Meu primeiro dia oficial em Roma começou com café da manhã no hostel e check out. Explico: tinha combinado de encontrar uma amiga que viria de férias do Brasil e faria esse trecho italiano da viagem comigo. Tínhamos deixado reservado também um hostel no Trastevere (mais uma das minhas "cismas" de me alojar em algum bairro específico). No final das contas o Orsa Maggiore se revelou uma das melhores opções de hospedagem, muito limpo e organizado, amplo, com café da manhã e muito bem localizado! Único defeito: só acolhe mulheres. Tinha deixado meio combinado com minha amiga que a encontraria na Estação Roma Termini, mas como não nos falamos nas vésperas da viagem dela, nos desencontramos e ela foi direto pro hostel.
  • De ônibus saindo da frente da Roma Termini, cheguei com facilidade até o Trastevere. De quebra, adorei ver a cidade.
  • Depois do check in. Almoçamos ali entre o hostel e o Vaticano, perto das margens do Rio. Pagamos 11 euros mais ou menos por uma massa! Deliciosa!
como resumir um dia que tem macarrão à carbonara e Piazza Navona?

  • Como não tínhamos nenhuma programação rígida optamos por explorar a cidade a pé. Acho que as fotos falam mais do que qualquer relato. Passamos pelo Castelo de Sant'Angelo, atravessamos a ponte, andamos pelas principais ruas da parte mais central de Roma, Piazza Navona (linda!), Pantheon (absurdo!), Fontana de Trevi (com uma garoa e muita muvuca!), Monumento à Vitório Emanuelle, ruínas imperiais diversas e, quando menos esperávamos, demos de cara com... o Coliseu! Ainda ficamos em dúvida entre entrar ou não, mas deixamos para outro dia pois estava tarde.
Navona
Pantheon
Trevi
história em todos os detalhes

e olha quem se encontra virando a esquina
  • Andamos muito este dia, nos perdendo de quando em quando... Algo inevitável em uma cidade em que a configuração é de uma praça a cada tanto, com umas duas igrejas e oito ruas saindo dela! Quando a chuva estava considerável, entramos em um café (Café Brasil!!! rsrs) perto do Monumento Vitório Emanuelle e eu aproveitei e mandei ver no tiramissú! Andamos pelo Campo de Fiori e terminamos o dia jantando pizza no Trastevere.



Dia 2: Museus Vaticano e Cidade do Vaticano

  • As entradas para os Museus do Vaticano e a Capela Sistina já haviam sido compradas pelo site e estavam agendadas para as 09:30 da manhã do nosso segundo dia. Como o hostel era muito perto, saímos com meio hora de antecedência. O único problema foi que, ao invés de cortar caminho, seguimos pela única direção que já conhecíamos. O resultado? Tivemos que sair correndo para chegar a tempo pois fomos obrigadas a dar uma volta tremenda para alcançarmos a bilheteria e entrada dos museus. No final, deu tudo certo. Foi bom ter comprado com antecedência, apesar da corrida, pois as filas eram gigantes para quem não tinha o ingresso e a nossa entrada foi rapidinha.
  • Os museus são fantásticos mesmo, de cair o queixo como a maior parte de tudo que você vai ver no Vaticano. Andamos muito e sem pressa até finalizarmos a visita com a Capela Sistina. Sem palavras para descrever! E ainda tem o show à parte dos turistas tetando tirar fotos e deixando os seguranças enlouquecidos! Minha dica, além da que todos dão sobre deixar a Capela por último: entre e vá imediatamente para o seu lado direito (lado contrário das portas de entrada e saída). Ali fica mais fácil de esperar vagar um banquinho para ouvir o áudio guia olhando pro teto e o fluxo de visitantes (e de seguranças gritando!) segue mais tranquilo. Quem fica muito à esquerda, seguindo o fluxo de entrada, acaba sendo empurrado para o fundo ( a capela é pequena!) rapidamente e já vi muita gente sem aproveitar a visita.
  • Saindo dos Museus, almoçamos em um restaurante bem ali perto da entrada. Paguei pelo salmão mais caro da minha vida ao não conferir os preços antes de pedir e cometer o engano de pedir um "secondo piatto"... Explico: secondo piatto geralmente é um prato de carne... e SÓ! Você paga em separado pelos acompanhamentos. 
  • Depois do almoço, enfrentamos a fila (gigante!!) ao sol para entrar na Basílica de São Pedro. Outro deslumbre! Impressiona o tamanho! Impressiona a Pietá, impressiona o Baldaquino, impressiona... e impressiona! Não se paga para entrar na Basílica.
  • Ainda pagamos (6 ou 7 euros, não lembro) para subir na cúpula do Vaticano e finalizar com a vista deslumbrante de Roma. Vela a pena! Mas é suado, pois o elevador só leva até um pedaço.
  • Terminamos o dia assitindo a um concerto renascentista na Villa Farnesina, bem pertinho do hostel e com tetos pintados por artistas como Rafael! Antes da apresentação, pudemos visitar as salas da Villa.
Roma vista da cúpula da Basílica de São Pedro - Cidade do Vaticano

Dia 3: Bate volta à Nápoles e Pompéia
  • Como a maior parte da viagem à Itália, a viagem de um dia à Nápoles e Pompéia já estava programada e com os tickets de trem que nos levaria e traria de volta à Roma comprados pelo site da Trenitalia. Saímos muito cedo pois o trem deixaria Roma Termini as 07:35. Pegamos um táxi ali perto do Vaticano até a Estação por medo de atrasarmos (10 euros). O céu de Roma de manhã cedo era um deslumbre e eu quase fico por lá mesmo, tirando fotos no meio da rua. 

  • A viagem de trem de Roma à Nápoles foi tranquila e lá descemos até a estação local para pegar um trem regional (podrinho podrinho!) para Pompéia. Tudo direitinho como o Márcio explica no guia dele Tô indo para a Itália (e no blog aqui). 
  • Bem, não há muito mistério na visita à Pompéia. Gostei muito de fazer essa day trip! Não pegamos guia, apenas nos norteamos pelo mapa detalhado e pelo que já havíamos pesquisado sobre as ruínas da cidade atingida pela erupção do vulcão Vesúvio.


  • Saindo de Pompéia no começo da tarde, voltamos de trem para Nápoles e fomos atrás da pizaria mais famosa do mundo: Da Michele. Também conhecida como a melhor pizza ou a pizza do filme da Julia Roberts, por ter aparecido no filme Comer, Rezar e Amar. Como o Márcio já tinha antecipado, você vai ser perder! Com minha teimosia em não perguntar a direção para as pessoas nas ruas, segui as orientações do guia mas me equivoquei em uma entrada e fui parar no outro lado. Minha amiga, menos teimosa, conseguiu colocar a gente na direção certa. Estava um pouco nervosa pois Nápoles tem fama de ser boca quente! Mas nada de ruim aconteceu conosco. 

  • O atendimento à porta na pizaria é muito ruim, o que me irritou um pouco. A casa é simples e a pizza é boa, mas não foi a melhor que comi na vida! Ainda assim, valeu como experiência.



Dia 4: Overdose de arte e beleza
Galerias Borghese
  • Segundo o relato do Márcio, as Galerias Borghese aparecem como uma das melhores atrações de Roma. Mesmo tendo agendado com antecedência (única maneira de visitá-las), confesso que não tinha criado expectativas demais. Acho que posso dizer que mesmo com as mais altas expectativas, seriam facilmente atingidas e superadas. Demais!! 




  • Elas ficam próximas à Praça ou Escadarias de Espanha e dentro de um parque. Como sabia que ir de metrô não deixaria muito perto e com medo de perder o horário, pegamos um táxi até lá (12 euros). Trocamos a reserva pelos ingressos. As Gallerias Borghese tem uma coleção de pinturas lindíssimas, ficam em um prédio muito bonito mas é o acervo de esculturas que a torna uma experiência para além da imaginação. Como as fotos são proibidas lá dentro, sugiro que vejam o site.
  • Saindo de lá (a visita dura cerca de 2 horas), cruzamos o parque, que eu achei muito agradável e fomos andando até a Praça de Espanha. Lotada! Seguimos pela versão romana da Champs Elisees com vitrines caríssimas. 
  • Pausa para o almoço na região bem central.
  • Cruzamos todo o centro de Roma a pé e ali perto do Coliseu demos início à jornada de procurar a Igreja de San Pietro in Vincoli para vermos o Moisés de Michelangelo. Depois de nos batermos um pouco encontramos e descobrimos que estava fechada e só reabriria após as 15h. Aguardamos pois faltava meia hora. Novo deslumbre!!!! Realmente ele parece vivo, não só prestes a "parlar" mas também a levantar e caminhar.
  • Saindo de lá: coliseu, fórum romano e palatino. Fiquei de queixo caído com o tamanho do Palatino e do Fórum. Me impressionou, em termos de ruínas, mais do que Pompéia.
  • Ainda passamos pela Piazza del Campidoglio e museus capitolinos e pela boca de La Veritá (dentro do pátio de uma igreja e com uma fila gigante no final da tarde. 
  • Caminhamos a noite e jantamos no Trastevere. Boêmio, movimentado e agradável! Assim como o amanhecer, o anoitecer de Roma é inesquecível!


Dia 5: Ferinhas, Sinagoga e despedida de Roma
  • No último dia em Roma, partimos em busca de uma feirinha que minha amiga tinha recebido várias indicações. O problema é que não sabíamos o nome dela e fomos parar além do Trastevere em uma feira de rua que vendia de tudo mas que de charmosa tinha muito pouco. De qualquer forma, valeu o passeio margeando o rio.
  • Cruzamos o rio, retornando na direção do centro e visitamos o bairro judaico e a Sinagoga. Foi uma visita muito legal, pois além da Sinagoga linda, cuja visita era guiada (ficamos sabendo um pouco mais sobre os judeus de Roma, 2ª Guerra Mundial, deportação etc), havia um museu. Para minha amiga, esse foi o primeiro contato direto com evidências do Holocausto e ela ficou bem chocada ao ver um uniforme original de campo de concentração (eu já havia visitado Auschwitz e não sei quantos museus do holocausto no caminho).
  • Essa região é cheia de restaurantes judaicos que misturam a culinária tradicional com a romana. 
  • Continuamos nossa caminhada até o Campo de Fiori, onde havia a tal feirinha de rua. Muito charmosa! Almoçamos por lá e o clima estava uma delícia!
  • Caminhamos muito para fazer mais uma despedida de Roma e fomos até o meeting point de um Walking Tour noturno, que não aconteceu. Voltamos para o hostel e eu estava exausta, mas já com saudades de Roma!



Links:
Castelo de Sant'Angelo - http://www.castelsantangelo.com/
Museus do Vaticano - http://www.museivaticani.va/

Pompéia - http://www.pompeiisites.org/
Galerias Borghese - http://www.galleriaborghese.it/
Villa Farnesina - http://www.villafarnesina.it/


Comentários

  1. A viagem foi mesmo maravilhosa e indescritível, mesmo assim você conseguiu descrever muito bem!!! rsrssr valeu!!!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

As gêmeas viajam: 4 dias em Recife

curious about: FUI TIRAR UM BICHO DO MEU OUVIDO E QUISERAM ME DAR UM NARIZ NOVO

curious about: DOTES CULINÁRIOS