De volta à Amsterdam

Se você me conhece ou acompanhou o blog no último ano, sabe muito bem o quanto eu sou apaixonada pela Holanda e por Amsterdam. Não tinha dúvidas sobre a inclusão da cidade no meu roteiro, mesmo fazendo pouco mais de um ano da minha visita anterior.
Claro que isso gera piadas entre os amigos (se eu for viajar para a China ou Estados Unidos, sou bem capaz de incluir uma escala em Amsterdam... enquanto eu não considerar fazer essa escala entre Curitiba e Rio de Janeiro, vou achar que o fanatismo está sob controle! rsrsrs) e estranheza de outros.
Como eu acredito que algumas identificações não exigem explicações, vou direto ao roteiro dos dias em que fiquei hospedada em Amsterdam:

Dia 1 
[O voo da KLM saindo de São Paulo no dia anterior às 19h15, chega como de costume sem atrasos  perto das 11h. Imigração sem crises e transfer do aeroporto de trem que te deixa de maneira rápida (menos de 30 minutos), fácil (só comprar no hall do aeroporto, em maquininhas que tem versão em inglês, e descer sem precisar validar nada para estação subterrânea) e barata (entre 3,8 e 6,00 euros) na Estação Central.]
foto tirada de dentro do barco durante o passeio pelos canais

- check in, almoço, ambientação
- como estava com uma amiga que não conhecia a cidade, andamos pelos canais do Jordaan, compramos o ingresso com horário para subir na torre da Westerkerk (aquela com os sinos melodiosos e que tem a torre mais alta da cidade), passeamos pela Dam Square e pela Damrak até a Estação Central, voltamos para a torre e ainda andamos de barco e demos uma voltinha no Red Light District.
- dessa forma, repassei os principais pontos turísticos da cidade, em uma única caminhada e ainda fiz um programa novo pois não havia subido na igreja na primeira vez.


Site da Westerkerk: http://www.westerkerk.nl.

COMENTÁRIO: Recomendo muito todos os detalhes desse primeiro dia: para brasileiros, esse voo da klm é ótimo e geralmente as passagens não saem mais caras do que as das outras companhias aéreas com a devida antecedência. O passeio de barco funciona bem para uma primeira impressão da cidade. A vista da torre da igreja é ótima, mas vá preparado para a aventura que é subir. Ah! E os holandeses continuam lindos e simpáticos!

Dia 2:
Bem acompanhada no Museu de Cera

- dia intenso como só o meu segundo dia em qualquer cidade do mundo consegue ser... sempre exagero na dose! inconsequentemente e sem querer... mas exagero!
- começamos comprando no albergue (Shelter Jordan, falo dele depois) as entradas para minha amiga ir aos Museus, os dois principais, Rijks e Van Gogh. E partimos em direção à atração da manhã: Museu de Cera da Madame Tussaud. O museu fica ali na praça central, a Dam Square. Ele tem algumas opções de bilhetes combinados com outras atrações. Como em todos os lugares do mundo, é uma atração beeeeem cara (22 euros). Na viagem do ano passado eu tinha deixado os Museus de Cera (Paris também tem um, se chama Museu Grévin) pois estava sozinha e para mim esse é o tipo de atração para diversão, mais do que apreciação.
- A segunda etapa do dia foi comer as famosas batatas-fritas que disputam com as batatas belgas o título de melhores do mundo e aproveitar para dar uma passada na Estação Central para comprar as passagens de trem para Bruges.

- A ideia era comprar as passagens, enganar o estômago com as batatas e ir em direção à Museumplein onde minha amiga visitaria os dois museus e eu aproveitaria para... flanar pela região. Até aí tudo bem,  se eu não tivesse decidido entrar pelo Red Light District e experimentar um caminho diferente. Claro que me perdi e continuei me perdendo repetidamente! Nossa sorte foi que nas sextas-feiras o Museu Van Gogh faz “hora extra”  e fica aberto até mais tarde. Por outro lado, foi ótimo conhecer outras ruas e canais da região central da cidade com feirinhas, lojas e mais lojas de diamantes, praças, pontes e flores. Eu conhecia apenas ‘pedacinhos’ dos lugares percorridos e acho que atrasamos mais porque era simplesmente irresistível parar a cada quadra para tirar fotos e apreciar (além de tentar me encontrar no mapa!). Para quem quiser se perder como a gente, reserve tempo e siga pelo Red Light District até a Rorkin (que obriguei minha amiga a andar umas três ou quatro vezes... rsrs), passe pela Spui, encontre a Rembrandtplein (a praça “fantasma” que eu não consegui achar da primeira vez em Amsterdam), dê algumas voltas até ir parar na Waterlooplein, passe próximo ao Vondelpark até encontrar os fundos do Museu Rijks e dê a volta parando no famoso letreiro I S2 Amsterdam. Se você não tiver limites de tempo, como ingressos comprados para dois museus válidos apenas para o dia, a experiência é ótima!
- Terminamos no Vondelpark onde haveria apresentações no Openlucht Theater, onde ocorrem festivais no verão, mas a chuva nos espantou (assim como a todos os outros). Ainda batemos uma boa pernada pelo Prinsengracht procurando a direção certa do albergue e comida.

COMENTÁRIOS: Cuidado com horários marcados em Amsterdam, a cidade é linda e é muito fácil se perder. Mapas não ajudam muito! Acredito que o Rijks e o Van Gogh sejam OS museus a serem vistos em Amsterdam e eu não deixaria nenhum dos dois de fora em uma primeira visita. No verão, nas sextas-feiras, há apresentações e lounge no museu Van Gogh no período da noite. O clima é delicioso! O letreiro de I S2 Amsterdam está sempre cheio mesmo! Se for passar por Londres, deixe para ir no Museu de Cera de lá pois é reconhecidamente o melhor.

Site do Openlucht Theater: http://www.openluchttheater.nl.
Site do Museu Van Gogh: http://www.vangoghmuseum.nl/vgm/index.jsp.
Site do Rijks: https://www.rijksmuseum.nl/.

Dia 3

- O terceiro dia foi um sábado e haveria a Parada Gay em Amsterdam. Esse era o dia sem programação, um dia para experimentar um pouco de liberdade criativa e fugir de roteiros prontos. Traduzindo: acordar, sentir o clima e ir até a Estação Central sem compromisso para fazer um bate e volta para alguma cidade próxima.
-  Aproveitando a liberdade, escolhemos fazer um caminho completamente diferente até a Estação Central e foi ótimo! As ruas estavam vazias e a cidade acordando aos poucos (depois coloco um post sobre os diferentes caminhos entre o Jordaan e a Estação Central).
- Na estação, escolhemos seguir de trem até Haarlem. Fui pesquisando no guia de viagem virtual que instalei no Galaxy sobre os pontos turísticos de lá. Foi um dia delicioso e descontraído! A cidade é uma graça (provavelmente como todas as outras da Holanda!), muito tranquila e fácil de conhecer a pé. Havia um mercado de rua emocionante de tão lindo! Cheio de queijos e flores!
- De lá, resolvemos pegar um ônibus em frente à Estação de trem para conhecer o que é uma praia na Holanda e fomos até Bloemendaal. Outro acerto! Mesmo com a chuva e o clima “anti-mergulho-nesse-mar-gelado”, nos divertimos muito e o caminho até lá é encantador.


COMENTÁRIOS: Se tiver um dia sobrando em Amsterdam, esse passeio pode ser uma boa opção. São apenas 15 minutos de trem até Haarlem e de lá mais uns 20 minutos de ônibus até Bloemendaal.

Dia 4
- Dia para madrugar: passagens compradas para Bruges (cidade com arquitetura medieval e chocolates na Bélgica), a day trip deveria começar cedo pois não é tão perto assim.
- Bruges é outra cidade que é facilmente conhecida a pé e amplamente “fotografável”. E os chocolates... Ah, os chocolates!!

chocolate.. chocolate.. eu só quero chocolate! ;-)


COMENTÁRIOS: Como day trip a partir e voltando para Amsterdam torna-se uma viagem muito cansativa. Tem que trocar de trem e a estação perto de Bruxelas em que isto acontece é trash! Trens atrasam por lá também! A melhor sugestão é dormir uma noite na cidade e de lá seguir viagem em direção à Londres ou Paris, conforme seu roteiro. De qualquer maneira, muito cuidado ao sair da cidade no trem do final da tarde pois TODO MUNDO tem a mesma ideia e você corre o sério risco de voltar de pé em um trajeto que dura mais de 3 horas! De qualquer forma, como estávamos em férias, foi divertido.

Dia 5

- Dia de acordar levemente mais tarde, fazer check out e mudar de endereço: fomos para a casa-barco! Para quem não sabe, dá uma olhada neste post aqui falando da minha paixão e desejo profundo de me hospedar nestas residências típicas de Amsterdam. Na realidade, ficamos em um hotel-barco. Recomendo a experiência!

- Após a mudança, resolvemos andar pela vizinhança, ir ao mercado,localizar os museus do dia seguinte e aproveitar o por-do-sol no convés. É uma outra Amsterdam e vale muito a pena reservar um tempo para este lado da cidade.

COMENTÁRIO: A life time experience! Tem que se hospedar numa casa-barco uma vez na vida: o humor muda, a relação com a água ali tão perto, o movimento bem de leve do barco... tudo!

Dia 6

- Iniciamos juntas a programação do dia e divergimos no período da tarde.
- Visitamos a casa do Rembrandt. Emocionante! Amei! E a lojinha é de enlouquecer! Rsrs
- Andamos pela região.
- Depois eu fui explorar o quarteirão judaico e visitei a Sinagoga Portuguesa,  o Museu Judaico, alguns Memoriais e o Museu da Ocupação. Recomendo muito esse último para os visitantes em geral e o Museu Judaico que fica em um complexo de várias antigas Sinagogas para os interessados em entender sobre a cultura judaica.
borboletas em revoada por Simone Brunor

- Enquanto isso, minha amiga aproveitou e fez sua incursão pelo Horto Botânico.
- Nos reunimos no final da tarde e fomos até a Biblioteca Pública (em frente à casa-barco) que tem café, restaurante e uma vista maravilhosa do último andar. O prédio e a estrutura são um deslumbre. Quero uma assim na minha cidade!
- Hora de se despedir, com uma pontada no coração, e seguir caminho... novamente rumo à Paris!

COMENTÁRIOS: Toda essa região da cidade é bem interessante. Há também o jardim zoológico, o museu Hermitage (que tem um prédio muito bonito) e várias pontes e construções bonitas. Recomendo muito a Casa do Rembrandt e ainda volto para visitar o Horto. ;-)
Bye bye Amsterdam!



Comentários

  1. Olá! Vi que vc é apaixonada por Amsterdam e exímia conhecedora da região!!! Rss... Vou pra lá com o meu namorado no início de setembro, chegaremos 03 à noite, passaremos 04, 05 e 06 (meu níver, obaaa!RS) e retornaremos ao Brasil no dia 07 pela manhã. Ou seja, teremos mesmo 03 dias em AMS e pretendemos fazer uma day trip para Bruges, claro! Porém... já estamos amadurecendo meeeesmo a ideia de alugar um carro e já providenciamos, inclusive, um documento aqui do Brasil. O único problema vai ser não poder tomar uma cervejinha por lá rss.. Tem alguma sugestão de roteiro para os dias 04 e 06 em AMS? Ficaremos felizes em ter umas dicas suas! Bjão e boas viagens sempre!

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