experiência pessoal: comprando a passagem aérea para mochilar pela Europa

Embora na viagem que eu fiz ano passado -  a primeira para a Europa e a primeira para o exterior sem passar por pacote de agência de viagem - já tenha pesquisado sozinha as passagens pela internet, esse mochilão foi minha primeira "oportunidade" de me virar completamente sozinha na compra das passagens. No ano passado uma grande amiga trabalhava com turismo empresarial e quebrou o galho para mim na hora da compra em si.. Como ela não está mais lá, só podia contar com dicas dessa vez.
Como sempre, as pesquisas começaram com muita antecedência, uma vez que não tenho nenhum budget ilimitado (muitoooooooo longe disso, aliás).
O grande complicador nesse caso foi o fato de não querer viajar com o roteiro totalmente fechado. Custei muito a definir os países de entrada e retorno. Já sabia, pela experiência anterior, que seria interessante buscar encaixar nessa passagem transoceânica mais um ou dois destinos na ida ou na volta, pois baratearia o custo final da viagem. Não entendeu? Bem, muitas companhias aéreas permitem que você encaixe alguns trechos na sua viagem sem encarecer muito (em alguns casos sai mais barato do que a passagem ida e volta para destino único!!) o valor final. Por exemplo, comprar São Paulo-Amsterdam + Amsterdam-Paris + Barcelona-São Paulo no ano passado saia mais barato do que São Paulo - Paris + Paris - São Paulo. Pensando assim, teria que fixar não apenas duas cidades (uma de entrada e outra de saída), mas pelo menos 3 ou 4, e as respectivas datas. Pode parecer ilógico, mas isso me deu muito trabalho, não em escolher os lugares em si mas em ter que lidar com datas fixas de permanência. Fazer o que né? Um pouquinho da liberdade pretendida teve que ser sacrificada em prol da economia.
Um turista brasileiro pode ficar 3 meses sem visto na Europa (parece que Londres é a exceção, com visto de 6 meses a partir da - nem sempre fácil - entrada no país). Minha viagem dura uns dias a mais, porém isso só me preocupou no começo, uma vez que pelo menos um dos meus destinos pretendidos é fora (Israel).
Como eu fiz?

  1. Listinha dos destinos desejados.
  2. Eliminação, de cara, dos destinos sem vôos diretos e com conexões óbvias como Croácia, Praga, Grécia. Em tese não seria uma boa ideia chegar nesses cidades ou países pois naturalmente teria que amargar aeroporto em outro país. Horas perdidas e mais cansaço.
  3. Construção de opções de roteiros com sequências viáveis e pesquisa nos sites Skyscanner e da Edreams, além de Rail Europe; para ver as tarifas low cost e de trem. Mapa e muita paciência nessa hora. Foi essa fase que confirmei que as passagens mais complicada ($$$) seriam as relacionadas com Israel, principalmente porque tinha que conciliar com os feriados judaicos, o que inviabilizava as sequencia mais rápidas e baratas (Israel entre Grécia e Itália por exemplo). A melhor opção logística seria iniciar (em pleno verão!! rsrs) ou terminar a viagem por Israel.
  4. Pensando assim, pesquisa pelo site Decolar.com de opções iniciando e terminando com Israel. Existem outras opções de pesquisa, mas eu gosto bastante do site Decolar pois dá pra simular direitinho a compra de passagens multi-destinos (entrada e saída por diferentes países). Como sou bem paciente e até me divirto um pouco fazendo isso, tentei várias possibilidades: invertendo a ordem dos países, testando rotas que eu já sabia que as companhias aéreas faziam, aumentando ou diminuindo o período nos lugares, escolhendo diferentes dias da semana, etc. Via de regra, as tarifas são menores entre terça e quinta, porém nem todo trajeto tem vôos nas companhias mais baratas nestes dias.
  5. Várias combinações depois, encontrei uma ótima opção pela Air France: São Paulo - Amsterdam (com uma pequena escala em Paris), uma semana depois Amsterdam - Paris (também direto) e quase 3 meses depois Tel Aviv - São Paulo (com uma pequena escala em Paris).  Entrei no site da Air France para simular por lá também, porém não conseguia.
  6. Diante das dificuldades com o site da companhia aérea, tentei fazer a compra pelo Decolar mesmo. Porém não havia a opção de parcelar, o que me levou ao site da KLM, parceira da Air France. Foi ótimo, pois consegui o voo São Paulo - Amsterdam direto e uma tarifa muito boa (com as taxas: R$ 2535,48), além de poder parcelar em 4 vezes. 
O que eu observo nessas pesquisas:
  • Os aeroportos indicados, principalmente em conexões (em Paris por exemplo a troca de aeroportos é comum. Chegar no Charles de Gaule e ter que trocar para o Orly para só então chegar no destino programa? Ai, não mereço! rs).
  • O tempo das conexões. (Novamente, o aeroporto em Paris é absurdamente grande! Porém também passar mais de 8 horas aguardando pelo próximo voo não parece agradável).

Se você quiser mais dicas sobre compra de passagens aéreas como viajante independente, procure:
Viaje na Viagem - http://www.viajenaviagem.com/
Viajando Bem e Barato pela Europa - http://viajandobemebarato.blogspot.com/
Mochileiros - http://www.mochileiros.com/


Existe também formas de comprar passagens de volta ao mundo. Dos viajantes que acompanho na blogsfera (além dos já citados neste post) vejam: o casal Fred e Letícia do Mochilando pelo Mundo e o Renato Serigni do Viagem Mundo a Fora. Eu até tentei simular algumas opções mas nada realmente valeu a pena e, confesso, não encontro os links no momento entre meus infinitos favoritos.

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