curious about: VIVENDO PEQUENO

Hoje de manhã dei uma olhada no site da Gazeta do Povo (Tudo Paraná) para ver o horários dos cinemas e tive minha atenção capturada pela manchete do blog "Central de Cinema" do Paulo Camargo. Como fazia tempo que não entrava no blog, fui baixando e lendo as últimas postagens até chegar em uma que me deixou bem chocada: "Dúvida e Frost/Nixon: filmes que os curitibanos não têm interesse em ver?".
como o post é pequeno, destaco ele aqui:
"Um grilo falante me contou que Dúvida, trabalho de John Patrick Shanley indicado a cinco Oscars (a 15ª indicação de Meryl Streep), e Frost/Nixon, que disputou a estatueta de melhor filme e direção (Ron Howard), não vão passar em Curitiba. Já em cartaz em São Paulo, Rio e outras capitais, os longas não teriam o perfil do público da capital paranaense, pouco afeito a produções um pouco menos comerciais -- e olha que nenhum dos dois é Tarkovski ou Antonioni. Verdade ou não, o fato é que ambos continuam inéditos. QUE MEDA!!!"
Não pretendo continuar aqui levantando a polêmica que observei nos comentários do blog sobre o público médio curitibano, mas sim comentar algo que me assusta em qualquer lugar do mundo, em qualquer cidade do Brasil: a vontade de viver pequeno!
Como psicóloga, aprendi a conviver com muitas opiniões e estilos de vida. Com gostos diferentes. Aprendi a pelo menos tentar entender outras opções e configurações.
Uma das poucas coisas que não entendo nunca, MESMO, é a capacidade que muitas pessoas têm de limitar seus próprios horizontes.
Não entendo quem pode ampliar os limites do mundo em que vive, mas escolhe permanecer fazendo as memas escolhas de sempre. Não entendo quem tem a oportunidade de conhecer o novo e desperdiça seu tempo apenas com "mais do mesmo". Quem se contenta apenas com o remake e com a sequência (aff!! trema caiu, né??). Me entendam: não vejo nada de errado com um e outro. O que me incomoda é a limitação. Não entendo quem pode viajar e escolhe não sair do lugar. Quem pode experimentar e fecha os olhos.
Os dois filmes tratados no post são certamente mais relevantes em termos de realização e temática do que coisas como "dia dos namorados macabro". Ficarei bem chocada se realmente eles não encontrarem um espaço, mínimo que seja, na programação da cidade.

Comentários

  1. Oi ninha.

    eu não me surpreendo com essa pequena característica das pessoas. Assim como poucas pessoas alcançam a felicidade, poucas pessoas alcançam a infelicidade. O restante fica na média, apenas vivendo o trivial e esperando o tempo passar. Infelizmente sou suspeito por falar, já que estou satisfeito por finalmente me permitir ser um medíocre feliz, ou seja, alguém na média que é feliz. Mas eu escolhi... o que vc escolhe?

    beijos

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