curious about: O NEVOEIRO


Na sexta-feira, depois do trabalho, resolvi curar minha tpm e meu inferno astral fora de hora (minha irmã diz que parece que o tsunami alterou algumas coisas, entre elas operou modificações no início do inverno, verão etc e tal. pelo visto alterou tb o meu inferno astral, aquele período "fofo" que antecede o nosso aniversário e bem que poderia não existir... pois é, o famigerado - que deveria se contentar com uns diazinhos em outubro e metade de novembro - tem começado no final de agosto já há dois anos... MALDITO tsunami!!!)... No impulso, evitando ferir alguém, me enfiei na primeira sessão de cinema disponível no Crystal. Acabei sendo a única pessoa naquela sessão, quem sabe por sabedoria astral (??) ou pq o povo da bilheteria percebeu meu estado de espírito (meigo!!!) e isolou a sala de exibição... Bem, mas nada disso interessa muito.

Vamos ao filme. Já tinha dado uma olhada pela internet nas estréias e me interessado por O Nevoeiro, filme dirigido por Frank Darabont, baseado em conto de Stephen King. Curto o trabalho do diretor (o mesmo de Um Sonho de Liberdade e de À Espera de Um Milagre, também adaptações de obras de King), então fui conferir.

O filme não decepciona. Na verdade, supera qualquer expectativa. A história é muito bem contada, mantendo o clima de suspense e desesperança crescente. Mais do que se concentrar no ataque dos "monstros" que vêm com a névoa, procura estudar o comportamento humano nesse momento de crise. Faz pouquíssimo uso de "alívios cômicos", algo meio raro no cinema de terror ultimamente. Mas as eventuais "gracinhas" no roteiro não fazem a mínima falta. No final das contas resulta em um filme nada óbvio, corajoso até... E com um final absolutamente chocante. É um filme sobre o medo ("Fear changes everything" diz o slogan no pôster), o fanatismo, a fé, a tomada de decisões, nossa incapacidade de ver...

Lembrei muito de Ensaio sobre a cegueira, livro do Saramago também adaptado para o cinema e que deve estreiar dia 12. Em ambos, uma "brancura" tolda a visão dos personagens trazendo a tona questões e comportamentos bastante primitivos. O cenário pintado não é nada bonito, muito menos favorável à nossa idéia de seres inteligentes-civilizados. Um dos diálogos do filme:

"As pessoas são boas, decentes. Meu Deus, somos uma sociedade civilizada".
"Claro. Contanto que as máquinas funcionem e o 911 atenda. Tire isso, deixe todo mundo no escuro e assustado e as regras se vão. As pessoas vão recorrer a quem quer que ofereça uma solução".
"Somos fundalmentamente insanos como espécie. Coloque gente suficiente num quarto e é só uma questão de tempo até cada metade começar a imaginar maneiras de matar a outra".

Não é muito otimista, eu assumo. Mas de qualquer forma sai do cinema sem nenhum vestígio de tpm e de queixo caído... Quanto ao inferno astral? Bem, quem precisa de um?

Comentários

  1. Oi ninha

    Não entendi esse negócio de inferno astral... hehehhe. Nem tá muito perto do nosso aniversário, não é???

    ahuahuahauh

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  2. huahuhaua
    pois é, amore, não sei pro qual razão, mas meu inferno astral tem sido ou começado invariavelmente no final de agosto... vai entender... rsrs
    o niver continua na mesma data sim!!

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